Amor
14 de fevereiro – Dia dos Namorados
Mesmo que tenhas esquecido, basta ligares a televisão, a rádio, as redes sociais, etc, para te lembrares e sentires uma certa pressão em fazer qualquer coisa, independentemente da tua condição em termos amorosos.
Se não tens um parceiro, vem uma pressãozinha em enviar a uma pessoa próxima um “olá”, ficando a aguardar retorno.
Para os outros, com parceiros que gostam de comemorar datas “especiais” ficam também na perspetiva de ter uma atenção especial.
Agora…
Para as jovens mulheres com deficiência – Paralisia Cerebral com planos em ter um\a parceiro\a e ainda não encontrou essa pessoa.
Qual é o seu pensamento de base?
Vejam se se identificam…
– Ninguém me quer porque ando de cadeira de rodas…
– Não gosto do meu corpo…
– Não quero dar trabalho ao outro…
– Os meus pais dizem-me que ainda é cedo e querem só que estude e tenha boas notas.
– Também não me interessa ter namorados, não tenho tempo…
Esses pensamentos, acredito que tenham invadido o teu coração em algum momento até hoje, ao ver os colegas jeitosos\as no recreio da tua escola.
Pergunto, agora, se hoje já namoraste contigo própria.
Já olhaste ao espelho de corpo inteiro, já reparaste dos teus olhos, bochechas, boca.
Já reparaste como és única, mesmo com irmã\ão gémeo tu és única.
Já deste o devido valor ao vestido novo que faz parte do teu guarda-roupa.
Já combinaste onde vais lanchar hoje, por exemplo, na esplanada ao pé da tua casa\escola e apreciar o que está ao teu redor.
Já saboreaste um novo alimento ao pequeno-almoço, que até pensavas não gostar.
Já reparaste que os teus anseios são exatamente iguais aos dos teus colegas da tua idade e eles não têm uma cadeira de rodas.
Então… porque é que tudo se resume a “uma cadeira de rodas”?
Convido-te a entrares nesse registo de amor próprio e assumir que és SIM uma Mulher e sim, ter alguém é humano e faz parte, desde que tu o entendas e quando o entendas.
A escolha começa em ti, e, começa por dentro e certamente encontrarás caminhos…
Este foi o meu caminho.