A banalização da palavra – Inclusão

Para mim, inclusão tem um significado de participação em toda a sua plenitude das dinâmicas de uma Sociedade.

Descrevo assim, apenas alguns exemplos, os quais gostaria de provar que a palavra – INCLUSÃO, pudesse-se fazer sentir de forma natural, sem haver a necessidade de se pronunciar de uma forma exaustiva.

Caso, pudesse:

– Participar em todas as atividades\eventos que desejar, sem me preocupar com as acessibilidades físicas ou comunicacionais;

– Participar em atividades de grupo ginásios ou outras atividades recreativas, quando estou a ocupar tempos livres;

– Participar em programas de comunicação, como por exemplo: televisão; rádio; jornais\revistas onde houvesse espaço para expor as minhas ideias, pensamentos e emoções, sobre temáticas que me são próximas;

– Poder arriscar profissionalmente sem ter receio de não poder pagar as contas ao fim do mês, por não conseguir realizar algumas tarefas físicas, se assim fosse necessário.

A realidade é diferente, onde ouvimos e lemos diariamente falar de inclusão em tudo que é canto, mas… o lado sombra ainda é este:

– Perguntar antes de ir a salas espetáculos\restaurantes\espaços recreativos, sobre as acessibilidades;

– Perguntar antes de ir, aos ginásios\espaços de outras atividades, ou mesmo outras atividades se tem conteúdos programáticos para que possa participar em grupo de forma igualitária;

– Negar convites na comunicação social por não querer dar testemunhos do meu percurso de vida e passar a imagem momentânea de super heroína;

– Ficar onde estou em termos profissionais devido às empresas ou outros lugares terem desconhecimento e medo de admitir pessoas com Paralisia Cerebral.

Estes são alguns exemplos que se passam com muitos de nós, ACREDITO que:

– Seja por desconhecimento de vários atores da sociedade sobre o ser “diferente” dos padrões normativos e precisem de apoio no saber mais;

– Até quererem fazer, mas como, fazer?

– Fazem o seu melhor e o que sabem ao momento.

Mas, a palavra “incluir” resume-se na palavra – ABRIR

– Portas

– Mentes

– Espaços acessíveis

– Corações para o próximo, arriscando e confrontando padrões instituídos nas organizações, podendo até salvar vidas da condenação de um isolamento social.Apenas uma reflexão, para um convite a calçarem os sapatos do “outro”.